A “Operação Cranius” deflagrada pela SIG (Seção de Investigações Gerais) da Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina em 12 de junho de 2020, resultou na prisão de quatro pessoas, mas ao todo, 10 foram investigadas sob acusação de tráfico de drogas e associação para o tráfico. No curso das investigações bens móveis foram apreendidos, bem como 101 quilos de maconha.

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Conforme apurou o Jornal da Nova, junto ao processo no site do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), no curso das investigações e da operação, foram presos Bruno Campos da Cruz, de 32 anos, Cristiano de Souza Seichas, vulgo Kiki, Michel Veríssimo de Oliveira, vulgo Michel Gay e Renan Sena da Cruz, de 29 anos.

Após prisão de Bruno em flagrante com 101 quilos de maconha, a SIG descobriu que por traz dessa apreensão, havia uma organização criminosa, onde as drogas tinham origem de Ponta Porã, por meio de Michel Veríssimo. O suspeito tinha a função de fazer, entre outros crimes, o recambio dos entorpecentes de Ponta Porã para Nova Andradina e outros locais do Brasil.

Em Nova Andradina, Bruno mantinha um entreposto onde vendia parte dos entorpecentes na cidade por meio de Cristiano, que chefiava bocas de fumo e outra parte era remetida para outros estados, conforme consta no relatório da investigação da Polícia Civil.

No curso das investigações, apurou-se que houve duas apreensões de entorpecentes, uma em Mandaguari cidade do Paraná e outra na região do Pontal de Paranapanema no Estado de São Paulo.

Diante das evidências e provas, a juíza Cristiane Aparecida Biberg de Oliveira condenou Bruno Campos da Cruz, Cristiano de Souza Seichas, vulgo Kiki e Michel Veríssimo de Oliveira, vulgo Michel Gay, por tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Renan Sena teve a revogação da prisão de tráfico de drogas para porte de drogas para consumo pessoal, onde foi solto.

Bruno Cruz foi condenado a 6 anos oito meses e 24 dias de reclusão e 1.073 dias-multa, à razão de um trigésimo do salário mínimo vigente à época do fato.

Cristiano Seichas foi condenado a 7 anos, 10 meses e oito dias de reclusão e 1.200 dias-multa, à razão de um trigésimo do salário mínimo vigente à época do fato.

Por fim, Michel Veríssimo foi condenado a 7 anos e 14 dias de reclusão e 1.170 dias-multa, à razão de um trigésimo do salário mínimo vigente à época do fato.

Para manter a ordem pública, a juíza manteve a prisão dos condenados em preventiva e todos estão reclusos em presídios do Estado. Os outros investigados foram absolvidos.

Quanto aos bens e objetos apreendidos, a juíza deu perdimento do celular iPhone, notebook, quantia em dinheiro e motocicletas apreendidas, em favor da União. Outros bens e objetos determinou a devolução aos seus receptivos proprietários.